Discurso alegórico
foto: Assis garceZ
Varal é uma revista de variedades onde o comum é a presença da cultura e meio-ambiente.
Sentimentos compartilhados na ausência da presença - sensações, desejos, aspirações, tudo compartilhado. E, a matéria onírica, será que também faz parte do vasto cardápio da individuação coletiva constante. Siamesas, como árvores unidas pelas raízes compartilhando a mesma seiva, como folhas murchas sobrepostas no chão da virtualização; quem vai ser devorado, o ser? O ser o quê? Uma vida nua sem molduras, sem dormir ou acordar, enfim o imagético livre e materializado, não ocupando um lugar e sim fazendo parte desse lugar que já não é o mesmo e nunca será; não um lugar – O lugar. Aqui, acolá, presente, agora não mais esquecido, eternamente transformado, transformando a imagem que se apodera e a cada um se renova, se espalha, se entranha na imensidão do sonhar, do todo atemporal, do nada impossível, a não ser – ser um só. Não passamos de siamesas capilares em uma eterna instauração, compartilhando a sensação de narcose como seiva; como árvores unidas pela raiz.
textos/fotos: Assis garceZ
Fluxo cotidiano pelas ruas, artérias urbanas onde o ato corriqueiro de ir e vir das pessoas ressignificado pelo traumático processo pandêmico, renasce tal e qual um rio que nasce e deságua nas ruas da cidade.
fotos: Assis garceZ