CIDADES SEM MUROS
Na música da vida, a cidade de lares em muros e janelas, extensões do corpo na pele de concreto e algodão – circunspecto reais imaginários reinos.
A cidade – lar – cidade dividida em conhecidos e reconhecidos cantos que estranhamente intransponíveis por egos comungam o igual até onde a diferença estabelece o antagonismo, o preconceito – a redenção.
Lar, terra mágica das cidades invisíveis, das músicas esquecidas, do calor frio de luzes que insistem em apagar da memória a compreensão espremida por expressos movimentos de gestos fantasmagóricos – entidades do dia, da noite, de todo instante.
Não o corpo como objeto, não a dança como apenas suporte e sim, personagem principal de uma teatralidade puramente corporal na excelente interpretação das bailarinas Raquel Pereira e Letícia Rodrigues (SP) que juntamente com Emiliana Almeida tem na concepção de “Muitas coisas para um corpo só”, algo que tansversa em versos de imagens guiando a percepção para a história contada em conjunto com a bela cenografia composta por luzes, objetos e pelos músicos Edmar Pereira e Fábio Evangelista que no mesmo instante inseridos cenograficamente executam a interpretação musical.
Na iluminação a surpreendente concepção de Letícia Rodrigues e na cenografia e figurinos além das intérpretes, a participação de Emiliana Almeida, Marjoly Lino, Roberto Mercúrio e Tiemi(Chi) Odashima. Muito bom!
fotos/texto: Assis garceZ