A quebra de conceitos e pré-conceitos na música das palavras, proporcionando a percepção do não estabelecido, do não linear; expressão nua, nua de formas, de seguir. Nua. Pronúncia - música e dança, até quando música? Até onde dança? Afinal - começo, um meio ou fim? Palavras, lavra da alma, sílabas por sílabas; o som determinante dos passos, do estar ali, da teatralidade em danças de corpos; efêmero dançar dos corpos.
“Nós” - um enlace corporal de sentimentos ritmados pela pronúncia; a cada letra, colorida pela persona, em cores sonoras do movimento por forças antagônicas, às vezes, convergentes exigindo dos seus criadores-intérpretes, Solange Argon e Guilherme Canto – ambos de São Paulo, e também responsáveis pelo lúgubre figurino – um extremo entregar-se regados pela dura e obscura iluminação de Gabriel Stippe e desenho de luz de Luiz Coelho, condizendo plenamente com os sentimentos avassaladores e complementares, expressos do conto homônimo de Luis Vassallo, que na sombra da luz reflete uma singular extensão cênica.
Assis garceZ |
Assis garceZ |
Incomum sair indiferente depois de uma apresentação arrebatadora e sinestésica desse belo espetáculo de dança contemporânea. Muito Bom.
fotos: Gabriel Boeiras
Texto: Assis garceZ
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