Ontologicamente
o relógio analógico do ser
não se rende.
diz sim ao momento,
o tempo que foge no tempo
e beija o cansaço, quiçá.
do ser, o analógico relógio
dança pontual inteiro;
de repente descompassado,
mouro montado em seu nagual,
abraça o tempo aqui e lá;
transforma em ouro
seus ponteiros
de aço.
e nesse espaço de tempo;
o ser presente com passado,
foge de novo no tempo
com o tempo no espaço que há...
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Samantha Beduschi Santana
Nasceu e vive em Curitiba (PR). Técnica em design, com formação em Artes Visuais pela Faculdade de Artes do Paraná (FAP). Publica poemas, entre outras plataformas, na revista eletrônica Mallarmargens e no periódico mensal RelevO. Escritora integrante do Coletivo Marianas, participou da antologia As herdeiras de Lilith (2014). Em 2016, publicou o seu primeiro livro, autopoiesis.
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