terça-feira, 31 de maio de 2011

esCrita - Assis garceZ



Por espaços  
de  sombras
Sol   alimento.






Assis  garceZ




                        

Abelhas




ABELHAS SEM FERRÃO!?








Abelhas da subfamília Meliponinae, são conhecidas popularmente como Abelhas Indígenas sem Ferrão, pois nessas abelhas o ferrão encontra-se atrofiado sem oferecer o risco da ferroada. Com mais de 200 espécies no Brasil e presente em quase todos os biomas nacionais – Cerrado, Amazônico, Caatinga, Pantanal e Mata Atlântica - constroem seus ninhos nos mais variados lugares que vão de formigueiros abandonados, troncos de árvores ou até mesmo frestas em muros e paredes, como é caso da Jataí – Tetraconisca angustula (foto). Desenvolvida nos primórdios pelos índios, a atividade da meliponicultura tem na produção do mel, muito valorizado, uma excelente fonte de renda – o litro dependendo da região pode valer de R$40,00 à R$100,00 – outra utilização dessas abelhas é na polinização de várias culturas agrícolas como: manga, chuchu e coco-da-bahia.
Preservar essa espécies de abelhas é garantir a permanência de variado número de plantas nativas, pois além da polinização na agricultura, nos seus ambientes naturais são importantes agentes polinizadores.

                                                                foto e pesquisa: Assis garceZ

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Nas andanças da vida, o caminho imaginário tem no pensamento a imagem da ação; persistência essa que tornando-se essência em fazer, leva a crer, que no seguir,  a viagem é simplesmente ser.
Varal Revista - Estendendo suas ideias!

crÔnica


Ciência também é arte!


Educação artística, muito bom! Proporcionar às crianças em situação de risco o contato com a arte é extremamente salutar, fazer com que saiam do seu cotidiano, seu mundo um tanto restrito pela falta e sua realidade onde ser criança – é não ser. ONGs; instituições públicas, privadas e religiosas; ações da sociedade civil; existem, é verdade. Ver, saber que tais crianças estão aprendendo tocar instrumentos musicais, até mesmo de latas confeccionadas por elas é gratificante. Mais isso basta?
Curiosidade. É sempre bom ter. Ciências, afinal é bom ou não conhecer?
Oportunidades. Oportunidade de aprender, de conhecer – de entender como a miséria - injustiça social – é mãe de muitos artistas, pessoas que tiveram oportunidades e conseguiram abraçar ideias e assim saíram de tal situação – miséria. Mas a pobreza somente pode ou deve ser mãe de artistas?
Cientistas, físicos, matemáticos, engenheiros; serão até quando órfãos da pródiga mãe – injustiça social?
Seria ditadura das artes, oferecer na maioria das vezes à essas crianças os tambores, a dança, os jogos, a oportunidade em aprender fazer instrumentos musicais com materiais reciclados?
A sobrevivência dos pandas, micos e afins, não depende da ciência? a salvação do planeta - megalomania? - não depende em maior proporção da ciência? ou somente educação resolve? Resolve para quem tem a consciência pesando uma tonelada em tanto jogar comida fora.
Instituições de ensino e religiosas, empresas e Ongs; promover ações voltadas ao estímulo da curiosidade científica é oferecer oportunidade a quem não tem muitas a aproveitar, afinal; nem só com tambor se estimula cidadania à crianças em situação de risco; ciência também é educação, e a propagação através do lúdico  tem a força de criar chances para que tenhamos cientistas, tecnólogos, engenheiros e físicos vindo do improvável. 


texto: Assis  garceZ

quinta-feira, 26 de maio de 2011

esCrita - Assis garceZ


Poderia saber
Eu
tanto
quanto sou
Canto
seguiDOR
Cria
SANTO.



Assis  garceZ

                                               

sábado, 21 de maio de 2011

cOnto






Ela.


Por descuido meu e dela, creio; suas pernas ligeiramente abertas mostravam algo que realmente tentei evitar olhar, mas, imantado com tal imagem, meu olhos insistiam em seguir naquela direção; a princípio pensei realmente em uma liberdade natural de bem-estar; minutos pareciam horas e não resistindo ao meu instinto, olhava mesmo que por segundos àquela imagem que crescia em sua significância; foi aí que aconteceu um fato novo, e por um breve momento, trocamos olhares cúmplices dessa situação, voltei minha atenção ao livro, embora, lê já não interessava mais; olhei novamente, sendo dessa vez de soslaio, e para aumentar ainda mais a taquicardia que em mim acometia, as pernas estavam mais abertas e a imagem que tinha visto anteriormente tomara tal proporção, que minha natureza observadora começou lentamente devorar cada minuto naquela sala; o que via era o contraste de uma pele alva em pernas torneadas, cobertas parcialmente por um vestido preto que para ela parecia muito confortável; eu, sentado quase à sua frente, indefeso, talvez a presa perfeita na posição exata para seus golpes quase fatais em minha mente totalmente desnorteada pelos ditos princípios morais da civilizada sociedade; e meus hormônios? meu libido? Não, não posso, tenho o controle, sou um ser racional, ético e social; será? Tem as leis. Leis!? leis, leis de quem? dos homens, lógico! os mesmos homens que condenam, cometendo os mesmos crimes; porém eles estão vestidos com o manto da justiça e da ordem; é a diferença, única diferença; pequena diferença que separa um cidadão comum – eu – de um intocável – Excelentíssimo Senhor Juiz – da condenação penal. Quer saber – que se dane as leis, afinal não fui consultado se concordo com elas. Agora, quem domina meus mais remotos instintos naturais do desejo é a fantástica imaginação, fértil imaginação - a taquicardia que até então me incomodava, deu lugar a deliciosa excitação – a transformação está completa - naquele ambiente, o ser libidinoso; e não mais o amedrontado pelas malditas leis e seus executores canalhas! o que importa é Ela; a imagem que na minha frente percebi também se deliciava com aquela magnífica situação – eu em pensamentos e ela com um  sorrizinho cínico, sorriso da dominação. Todas as cartas na mesa, o jogo tinha começado, meu membro endurecido até a alma e ela, ela; ela, simplesmente me olhando fingindo que escrevia; e igual uma borboleta sugando néctar – abria e fechava lentamente as asas, ou melhor, as pernas; isso mesmo, as pernas em uma hipnótica e deliciosa dança, foi nesse momento da observação das coxas, que me dei conta, que a excitação era alimentada de forma voraz pela cor – Cor! - a cor da calcinha que reluzia em contraste com a pele branca.

- Vamos! - disse minha namorada entrando na sala.
- Vamos. - respondi levantando do sofá.

Pra onde ir não importava mais, aquela adolescente no exercício pleno de sua bela natureza, já tinha me levado pra algum lugar de liberdade que não esse. Aqui!

                                                      
                                                                              texto/arte:  Assis garceZ




                                                                               

quarta-feira, 18 de maio de 2011

esCrita - Assis garceZ




Billie Holiday


Voz
Diva
Divina
Divina Mente articulada
faz parado instante
derramar
fotografias da memória
congeladas pelo
tom.
                                                                                      
                                                                                      
                                                                                   

terça-feira, 17 de maio de 2011

nOta - Feira de Artes da Vila Pompéia


Feira de Artes da Vila Pompéia




Golpe de Estado

Nessa edição da Feira de Artes da Pompéia realizado no ultimo dia 15 de maio(domingo), o palco Rock teve a apresentação da lendária banda Golpe de Estado que a 25 anos está na estrada, um show curto, porém extremamente competente e pulsante com a perfomance já consagrada do guitarrista Hélcio Aguirra (R.I.P), que nunca é demais  ressaltar a coesão precisa de suas apresentações; 




enquanto na usina de força da banda, o baixista Nelson Brito comandou com total maestria; até aí, nenhuma surpresa, contudo os novos integrantes: Dino Rocker no vocal e o baterista Roby Pontes, são responsáveis pelo novo vigor da banda; Roby literalmente detona! muito eficiente, esmurra a batera de um jeito que vendo o cara tocar parece ser muito fácil extrair uma brutalidade sonora da bateria com movimentos tão cadenciados. Já a irreverência escrachada do eletrizante vocalista Dinho Rocker aliada ao seu gigante talento - que em dueto com a guitarra do Hélcio eliminou qualquer dúvida de sua qualidade vocal - arrebentou! o cara agita o tempo inteiro, a empatia de quem assiste um show desse é realmente imediata – o rock brasileiro precisava de um vocalista desse porte – verdadeiro!





Blues Riders Band

Outro destaque do festival, foi a Blues Riders Band; com 15 anos de existência, não baixa a guarda do velho, bom e nunca demais hard rock setentista; o show tinha tudo pra não dar certo, pois eles tocaram depois de um temporal danado trazido por uma xaropada que tentou tocar antes deles e que alguns cismam em chamar de rock; além do atraso do baixista, mas bastou os caras levantarem a bandeira, chamarem os guerreiros; e o rock novamente estava no festival para alegria nossa. A banda tem na formação o guitarrista Áureo Alessandri; no baixo, Álvaro Sobral e os novos integrantes desde 2010 - Aless Scaranto, vocal e guitarra e Arthur Castroviejo na bateria; não foi preciso muito esforço para Blues Riders Band mostrar ao pequeno público que estava no local até então, o que a banda iria apresentar - na primeira música ficou bem claro – hard rock de verdade! e em instantes a galera chegou e até o sol apareceu; a balada “Damas da Noite” um verdadeiro petardo sonoro é realmente muito boa e creio eu, nesse momento Dio agradeceu, esteja onde ele estiver; o vocalista Aless arrepiou, não somente com o belíssimo e competente vocal, os solos de guitarra é de levantar defunto, o cara manda muito bem – sabe o momento certo de começar e como começar, e o que é melhor; acaba deixando o gosto de quero mais - muito bom! - a cozinha - baixo e bateria - é muito consistente não deixando a massa sonora desandar, o Arthur é pancada atrás de pancada nas baquetas, e na base, o guitarrista Áureo com jeito simples e muito eficiente mantém o tapete pro velho e bom hard rock passar, e pra quem perdeu esse show do Blues Riders Band ou ainda não ouviu a banda, vá escutando algum show do Triumph.




Vocalista Carla Viana, da banda Senhor X

Senhor X, banda de Ribeirão Preto - local da lendária e excelente banda punk da década de 80 chamada Estagio Zero - na ativa desde 1997 e com nova formação, fez um show tranquilo sem muitas surpresas, exceto a formidável e cativante performance da vocalista Carla Viana, que tem total domínio no palco, uma verdadeira regente, diria que carregou a banda no vocal, não desmerecendo a capacidade técnica do guitarrista Beto Leoneti que teve sua apresentação prejudicada pelo baixo volume da guitarra deixando assim, alguns vazios sonoros nas músicas que vez ou outra era preenchido pelo baixista Beto Braz, que é muito bom. A proposta é evidente, um som sem rótulos, misturando levadas de MPB, rock brazuca dos anos 80, Heavy metal e por aí vai, completando a banda, temos na bateria o Wellington que mandou bem. Sem comparações, diria que a banda Senhor X, para alegria de muitos é a Tutti Frutti do novo século.

                                                                    texto/fotos: Assis garceZ

esCrita - Assis garceZ




Luz e Mar

Mãe
mãos
tudo
um pouco mais

Ser
sido
sendo
eterno
eterna
Mãe
                                                                                                                         
                                             
                                     Muito obrigado minha mãe Lucimar.

Assis  garceZ

foto-graPhia








foto: Assis  garceZ

dançAR



foto: Assis  garceZ

sábado, 14 de maio de 2011

esCrita - Assis garceZ



Adorno 
substiTUíDO.
insubstituível 
o que não serve pra NADA

                                                                                   





                                                                                    
Assis  garceZ

sexta-feira, 13 de maio de 2011

esCrita - Assis garceZ


                         
Sem anestésicos
coloridas vogais de Rimbaud
pintam quadros musicais de Kandinsky
com versos embriagados de Baudelaire.



Assis  garceZ

quinta-feira, 5 de maio de 2011

esCrita - Assis garceZ

                     
     
 Bom dia? 
      
 Imensidão
  em compactado crânio
  possui trilha obscurecidas
  pela  claridade
  do  acordar.






Assis  garceZ




          

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Cerrado







Essa bela e rara flor, foi descoberta na década de 50 durante a construção de Brasília - somente é encontrada no bioma cerrado; sua beleza, tamanho - cerca de 5cm, endemismo e durabilidade - aproximadamente uma semana, são requisitos necessários ao aproveitamento comercial, que não existe por falta de tecnologia necessária ao cultivo em grande escala.

                                                      
                                                                   
foto e pesquisa:  Assis  garceZ

nOta - terroRismo



ALDEIA  GLOBAL

AL QAEDA - um escritor judeu e um terrorista árabe





Isaac  Azimov


Nascido em Petrovich, Rússia, em 1920 e naturalizado norte-americano em 1928, Isaac Azimov de família judaica, morreu em 1992 na cidade de Nova York por falência múltipla de orgãos, devido ao vírus da AIDS contraído em transfusão de sangue em 1983. Escritor prolífico, com 463 livros e conhecido mundialmente por suas obras de ficção científica, tem na extensa bibliografia, os livros The Gods Themselves, a série Fundações e O Fim da Eternidade (publicado originalmente em 1955), onde o destino da humanidade e o curso da história é alterado por uma organização que controla o tempo, considerados seus melhores livros.







Osama  Bin  Laden 


Nascido na Árabia Saudita em 1957 e filho de um magnata, Osama Bin Laden - assassinado em maio de 2011 na cidade de Abbottada no Paquistão - segundo o seu melhor biógrafo, Yossef Bodansky, "começou a década de 1970, como fizeram muitos outros filhos dos ricos e bem conectados - quebrar o estilo de vida muçulmano rigoroso na Arábia Saudita, com estadas em Beirute cosmopolita. Enquanto no ensino médio e superior, Osama visitou Beirute, muitas vezes, freqüentando boates, cassinos e bares. Ele era um beberrão e mulherengo, que muitas vezes o levou a ter brigas de bar".



É essa época na vida de Bin Laden, a mais próxima dos hábitos ocidentais - várias viagens aos EUA e Londres (onde comprou uma propriedade em Wembley)  - provável responsável pelo contato com a literatura de Asimov. No Afeganistão, na década de 80 serviu aos EUA no combate à antiga União Soviética durante a guerra fria e foi nesse período que Osama Bin Laden fundou a Al Qaeda.

Em 1951, Fundação, livro de Isaac Azimov, foi traduzido pro árabe como Al Qaeda; no enredo do livro, o cientista e profeta Hari Seldom prevendo a queda do império, cria a sua fundação em um lugar na galáxia com o intuito de construir, a partir das ruínas do velho império, uma nova civilização; e para isso usa a religião como meio de alcançar seu êxito, transmitindo mensagens de vídeo gravadas aos seus seguidores.

Um escritor judeu Issac Asimov; um terrorista árabe Osama Bin Laden, entre os dois o império – EUA. Ficção científica na construção de uma realidade.

                                                                
 Assis  garceZ

foto-graPhia



            
                                          
  foto: Assis  garceZ

nOta - Balé da Cidade de São Paulo



PINTURA E DANÇA - LUXÚRIA E PUDOR

“Paraíso Perdido” coreografia apresentada pelo Balé de São Paulo




"O Jardim das Delícias Terrenas" - 1504





Hieronymus Bosch, pseudônimo de Jeroen van Aeken (1450 – 1516), pintor holandês - cujo a suspeita de seus conhecimentos alquímicos o levaram a ser perseguido pela inquisição - tem no tríptico “O Jardim das Delícias Terrenas” a presença do paraíso terrestre e o inferno; a luxúria e o pudor; e foi essa polarização comum ao trabalho de Bosch que o grego Andonis Foniadakis encontrou inspiração na criação da coreografia inédita “Paraíso Perdido” para o Balé da Cidade de São Paulo. O coreógrafo Andonis em 2004 teve outra obra sua – "Selon Desir" - criada para o Ballet du Grand Théâtre de Genéve, apresentada por aqui, além de ter trabalhado no Brasil com o grupo Sociedade Masculina em 2007; o figurino é do estilista mineiro João Pimenta, onde a exposição de algumas partes do corpo salienta a sensualidade. 
                                                             
                         
 Assis  garceZ

terça-feira, 3 de maio de 2011

esCrita - Assis garceZ



Símbolos

 A  voz da letra 
 ecoa falas da palavra 
 ditando no silêncio da memória
 lembranças que vivo.
 
                                                             




Assis  garceZ