quinta-feira, 6 de novembro de 2014

poética Mente



Sabe o que quero dos cangaceiros?

Me casar com eles e trocar de planeta

As plantas trocam de pétalas.

os pássaros trocam de penas. 

As músicas trocam de som . 

E as pessoas essas são as únicas que trocam de ideia.

Se os seres naturais se mudam com as estações, porque

só 

meu lixo reciclável não se adapta a tal conversão?

Dizer nada é lindo quando se há sentimentos

Minha própria interpretação me basta, entender tudo o 

tempo todo é clichê.

Igual a você que não se entende mais sem querer se vê . 

Escrever é uma forma de gritar, berros tão meus com 

shampoo para cachos

Somente as palavras sabe as cifras que meu violão de seis

cordas não aprendeu!



por: Samara Peradosto

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Em cOnto



O corpo do texto



Meu sonho sempre foi fazer tatuagens. No peito vai uma bem

 grande, minha vida é um livro aberto. Na careca, alguma 

coisa solene como morada dos deuses. Talvez até merecesse. 

Mas arrumei algo melhor como beco sem saída ou titica de 

galinha. Ah sim, gostei. Bem mais apropriado. Nas pálpebras,

o corte da navalha. Na boca, o sol escaldante. Nos lábios, 

comprando gato por lebre. Nas orelhas e ouvido, aqui Judas 

perdeu as botas. Vamos virar o corpo. Nas costas peludas, 

pradarias selvagens. No cóccix, o buraco é mais embaixo. Na 

bunda, não deixe para amanhã o que você pode fazer hoje. 

No cu, um vaidoso abismo da alma, e um misterioso na boca 

da noite. Voltemos ao outro lado. No coração, o sono dos 

justos. No suvaco, brisa matinal. No antebraço, tempo é 

dinheiro. Nas mãos, o silêncio opressor. No indicador direito,

senta que lá vem a história. No púbis, mato sem cachorro. No

 pinto, ah, no pinto, início dos tempos, elixir da vida. Não, 

muito grande, não vai caber. Entre a cruz e a espada. É maior

ainda mas não importa, aliás só coube a palavra entre. Talvez

 pudesse ser, peso dos anos, não sei. Nos joelhos, olhos de 

Capitu. No pé esquerdo, cagando e andando. No pé direito, 

siga a voz da experiência. Poderia continuar, mas me

pediram para colocar a tampa antes que esfriasse.

 O corpo de papai estava lindo para o enterro. Ficaria 

orgulhoso. Para a epígrafe,uma foto e sua frase preferida, 

uma imagem vale mais que mil palavras.



 por: Luis Vassallo

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

dançAR


SOL

Imagética beleza do estático corpo que dança 

























































photos: Luís Vassallo e Solange Argon /bailarina intérprete-criadora
       
                      edição: Assis  garceZ

sexta-feira, 25 de julho de 2014

Festas


Divinas Festas

Sagrado e Profano


Tambores, cantos, ritmo percussivo
entre danças de expressão ancestral
 transpiração de pura devoção; puro alumbramento.

































































Fé; transpiração por seguir pelo som percussivo de simplesmente estar, de ser um devoto de si mesmo. 
Festa do Divino Espírito Santo e o Bumba-meu-Boi no Maranhão; a força da devoção de um povo que crer, acima de tudo, na felicidade de existir. 



photos: Assis  garceZ



quinta-feira, 24 de julho de 2014

Silêncio Adentro - Paulo Leminski






Como pelo - pele por gritos surdos das cores de imagética beleza
signos em canvas de concreto
onde o pelo é a parte mais importante do pincel


Assis garceZ