segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Em cOnto

 

Com ela seu cachorro, bicicleta e roupas ; ele, casa  e também seu cachorro. Poucos dias de relacionamento e... morar juntos.
Noite; ele ansioso em chegar e encontrar a mulher e agora seus dois amigos fiéis.
Jantar pronto, afagos, um latido - o dela; o seu não viu; mas na mesa uma  carne apetitosa, um vinho gelado; primeira garfada - um bom sabor a carne, perguntou pelo seu cão, como resposta - “ Tá dormindo por aí”.
O bom mesmo é a carne.
Ela em frente à TV em cenas de sexo, na mão uma vela acesa, na ponta da língua, pingos de cera e logo posto pra fora os seios empinados com bicos róseos -  cera quente derretida; ele mastigando parado, acomodado e vendo. 
Ela gemendo, sibilando em prazeres doloridos.
Carne saborosa; vinho gelado; mulher masturbando-se em velas acesas; um cachorro lambendo uma mancha de sangue talhada no chão, e seu cão?
No estômago.


por: Assis  garceZ

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

nOta - imagem





"Nunca quis um olhar domesticado conivente com a conveniência. 
Born to be wild , born to be free. O olhar da imagem é a paisagem inquieta da loucura e da contravenção."

Orlando Azevedo




foto: Assis garceZ



Galeria Lux - R. Júlia Wanderley,161 - Mercês - Curitiba / PR - Brasil
41-3335 - 2002 
 

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

esCrita



mELissa


Floresta de cantos
habitat de sons
reverbera beleza
por efêmeras certezas do ser.

Inquieta fêmea

Sopro luz

Navegante nas cores

Desfila sutileza
em escaladas sonoras
de puro encanto.






foto/poesia: Assis  garceZ

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

dançAR

 Curitiba /PR - Brasil

 

ENSAIO SOBRE O AZUL  

 

 



Eu!? quem sou? Mulher ou algo que o valha. Um encontro de lembranças perdidas na memória do instante. 




Pedaços, fragmentos do corpo – casulo? Não!  Pernas andam; pernas correm de quem sou. Fuga, e por um momento, deleite em lembrar que respira – Dança; contudo o inexorável tempo apaga; memória vai e … 




 Desespero em tentativas de saídas por portas trancadas na incompreensão. 
 O que fazer? Lutar consigo mesma em retorcidos movimentos, tudo em círculos; circular – Ar; redenção, rendição, chão, cansaço, porém resta a pele que aquece;  pele que esconde e revela. 






 Aqui estou. Um corpo. Essencialmente nu sob a  condição de ser bela mas não de ninguém. 





 Visceral – assim é “Ensaio sobre o azul”, espetáculo de dança contemporânea da bailarina intérprete-criadora, Mariana Mello que juntamente com Bel Nejur respondem pelo belo e essencial figurino que transcende o estado de extensão do corpo tornando-se o corpo. Na iluminação – Elisa Ribeiro que ao lado da sonoplastia de Edith Camargo confere alternância de pura dramaticidade ao prazer de ver essa belíssima apresentação sob a orientação de Juliana Adur e produção de Cindy Napoli – Excelente!   











fotos/texto: Assis  garceZ

aRte da rUa


  Curitiba/PR 







foto/photo: Assis garceZ

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

dançAR



 Curitiba/PR - Brasil


 HABITAT DO SOM
Do coração aos Poros – Dos Poros ao Chão





O corpo percussor regido pelo sapateado – produtor de sons e imagens - que busca no espaço inserido a extensão desse mesmo corpo como forma de comunicação, o espaço não somente um invólucro, um meio; veículo, mas tanto quanto – dança em gestos sonoros, marcado pela belíssima coreografia onde o sincronismo entre os sapateadores Hany Morgenstern, Sharon Morgenstern e Luan de Rosa e Souza cria em instantes um amálgama de imagens e sons. Muito bom!





luan.de.souza@hotmail.com



fotos/texto: Assis  garceZ

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Em cOnto


Ressaca; sem grana, vou a igreja pegar o único alimento disponível – pão – doação dos bondosos fiéis. Cheguei cedo demais, sento em frente ao altar e ao meu lado um corpo franzino se acomoda, um olhar miúdo de menina me encara, pega minha mão e me arrasta. No canto um pouco escondido, paro em pé, e com gestos rápidos e práticos coloca pra fora da calça e enfia na boca com uma voracidade que só me resta ficar pasmo diante de tamanha gula; o corpo em completo frenesi treme enquanto se retorce tentando engolir tudo que está em sua frente; chupa, suga, geme; insana em perfeito estado de transe – que transe; não deixa escorrer nem uma gota, enquanto sua língua enrosca tudo na boca; o rosto não é o mesmo; o olhar não é o mesmo; ela não é a mesma e quando parcialmente terminado, tira vagarosamente – não deixando escorrer uma gotinha sequer - olha pra mim, e, com maroto sorriso diz:
- eu gosto é assim; cavalo abrasador.
- Eu?!



por: Assis  garceZ

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Br 101 - Rumo ao Extremo Sul do Brasil / Towards the Extreme South of Brazil


enSaio / esSay - Curitiba/PR - Brasil
















 












fotos/photos: Assis  garceZ

dançAR

 Curitiba/PR - Brasil


Dente de Leão

 Liberdade de luz

 



 
Uma flor murcha aprisionada em sua beleza de outrora, que contrariando os ditos da natureza vai ganhando vida; força em movimentos não comandados pelo vento, parceiro eterno, e sim pela tenacidade e imensa vontade de viver – livre;  expondo seus vigorosos movimentos como condição em contrapor uma fragilidade aparente, impregnada pelo simples fato de ser o que é. Fragilidade, alimento coreográfico; alimento de vontade em gritar mesmo que de forma contida a dor em romper a aparência natural vigente na busca do real momento de ser; um esforço tenaz em subverter o padrão vigente – gente; contudo o doce sabor do desabrochar em pétalas livres por um sambar sem samba, culmina na desconstrução do rebolado como síntese de libertação expresso magistralmente pelo sorriso corporal da bailarina e intérprete/criadora Bruna Spoladore na conquista constante em simplesmente dançar. Dançar. Belo espetáculo. 
  




fotos/texto:  Assis  garceZ

terça-feira, 15 de maio de 2012

Varal Revista - Estendendo suas ideias!


Nas andanças da vida, o caminho imaginário tem no pensamento a imagem da ação; persistência essa que tornando-se essência em fazer, leva a crer, que no seguir,  a viagem é simplesmente ser.
Varal Revista - Estendendo suas ideias!

In walks of life, the way imagery has in mind the image of the action, this persistence thatbecame the essence of doing, suggests that the following, the trip is simply to be.
varalrevista.blogspot.com - Extending your ideas!

terça-feira, 24 de abril de 2012

nOta - teatro

Curitiba/PR


QUERÔ

 Uma mancha social




 Com interpretação avassaladora, o monólogo Querô, baseado no romance - Uma reportagem maldita - Querô, de Plínio Marcos e apresentado pela Companhia Cafécomleite de Curitiba/PR no Coletivo de Pequenos Conteúdos - mostra de espetáculos com curta duração; é como um soco no estômago. 






Uma linha tênue entre ódio e amor; soberba e fraqueza é desenhada durante toda a apresentação pela excelente atuação do ator Kenni Rogers Closs, que com contudente trabalho corporal alinhavado pela luz, sonoplastia e direção de Paulo Rosa, doa uma extrema alma personagem a um aparente frágil corpo cênico criando um grandioso espetáculo. Ótimo, muitas merdas!






 



texto/fotos: Assis garceZ 


bAZar

Caros amigos,
É com muito carinho que estamos organizando nosso primeiro bAZar presencial de outono/inverno!!
O evento beneficente acontecerá em São Paulo nos dias 5 (sábado) e 6 (domingo) de maio, das 9:30 às 13:00 e das 15:00 às 18:30, na rua Saint Hilaire, 40, ap. 92, Jardim Paulista (veja como chegar no convite anexo).
Além dos itens anunciados no site, no bAZar presencial de outono/inverno você encontrará muitas peças lindas - inclusive importadas - ainda não disponíveis na internet.
E no dia 5 (sábado), das 15:00 às 18:30, teremos a presença de uma consultora Mary Kay que estará à disposição nesse período nos dando dicas de automaquiagem e estética facial!
Aproveitando que domingo seguinte é Dia das Mães, divulgue, compareça e traga seus (suas) amigos(as) e familiares! Estamos aguardando você para tomar um café conosco e se divertir!
Para qualquer dúvida e/ou informação, envie-nos um e-mail para mimosefraternidade@gmail.com.
Abraços fraternos,
Solange Gonçalves

sexta-feira, 20 de abril de 2012


METAL OPEN AIR


São Luís - MA




Divulgação
Por: Celso Cadete


A hora está chegando! M.O.A., o maior festival da América Latina. As bandas que sonhava em ver quando moleque tocarão aqui em minha cidade. Saxon, Exodus, Megatdeth, Grave Digger, UDO... Mas, na boa, também tive a honra de tocar com grandes figuras do cenário maranhense em tempos que era um privilégio ter ao menos um show por mês na cidade. Até outro dia o São Luís Rock Show era um dos maiores eventos da ilha, e tive essa honra de estar lá no palco tocando com uma das bandas por que passei. Hoje passa um filme pela minha cabeça... O que conquistei naquele tempo, nada nesse mundo me tira, as minhas amizades.
Por isso quero deixar registrado aqui toda gratidão e estima por vocês, meus brothers of metal, que compartilharam esses loucos tempos.
Sou fã de vocês seus bando de doidos!!!!!
Renato Caveiras Buchudas (Ácido e Caveiras),Mauro de Aquino (Ácido e Caveiras), Pedro Cordeiro (Comportamento Estranho e Caveiras), Carlos Antonio De Souza Martins Souza (Ácido e Caveiras), Marquinhos (Amnésia), Pança (Amnésia), Carlos Henrique Costa Amaral (Amnésia), Adalberto Júnior(Amnésia, Ânsia de Vômito, Cremador Brazil,GlockAdventure Grind), Burg Mussury (Revertério, Cremador, Glock), Jaco Pires Pires (Ânsia de Vômito), Khan (Triângulo, Extase, DeuSexo, etc),Raelson Cavalcante (o cara da foto). Abalo Sísmico e Valliun), Ramon (Extase e a Grrrrrande Canyon), Fernando Helon (Ácido), Marcelo Reis (Coma Alcóolica), Lee Roth (Coma Alcóolica) Natanael Jr (Coma e ânsia), Mauricio Figueiredo (Morcego Vermelho, Kão, Whydia), Assis (Estrago), Alan (Estrago), Billy Podrão (Fome), Rato Velho (Fome), Fabiano Portelada Mascapotó? se não me engano brother), Maninho (Abalo e Válliun) e muitos outros brothers que pela idade avançada em que me 
encontro, esqueci de mencionar.

"É um privilégio muito grande ter amigos que compartilham sua sabedoria e te transformam em uma pessoa melhor."


terça-feira, 10 de abril de 2012

para Ver! vídeodança



Marina

Ela . She - Michelle Pereira
Direção de arte . Art direction . Photo - Leonardo Rizzaro
Florianópolis . Santa Catarina



Mar 
dançar
sina.


Assis garceZ

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

nOta - mobilidade urbana

INDO E VOLTANDO 

Divulgação

Transporte coletivo é para todos?


 "...não existe derrota social maior que a perda do automóvel, por roubo, acidente ou, vergonha das vergonhas, por falta de dinheiro para sustentá-lo."
  


texto:  Irinaldo Lopes Sobrinho Segundo 

 Deveria ser. Até para que os coletivos urbanos fizessem jus ao nome que têm. A palavra "ônibus" vem de "omnibus", que em latim significa "para todos". Mas a realidade é que a maioria dos passageiros de ônibus só utiliza esse meio de transporte, se espremendo, se acotovelando, se cheirando e se pisando, por quatro razões.

Primeira. Não têm carro. Na nossa cultura, quando uma pessoa passa a ser proprietária de um automóvel, ela também passa a integrar um grupo diferenciado. É como se passasse a ser gente. Os homens ficam mais bonitos e atraentes. As mulheres ficam mais independentes e corajosas. É por isso que o carro é o bem de consumo mais desejado. E não seria a casa própria? Não, definitivamente. Ter uma casa até que é bom. Mas ela só fica parada, enraizada no seu terreno. Não dá pra sair por aí mostrando para todos. E, então, que graça tem? Com o carro é diferente. Ser proprietário de um automóvel é um atestado de vitória. "Olha só. Fulano(a) tá de carro! Parabéns!!!". Pelo mesmo motivo, não existe derrota social maior que a perda do automóvel, por roubo, acidente ou, vergonha das vergonhas, por falta de dinheiro para sustentá-lo. "Olha só. Fulano(a) tá sem carro. Ô lástima. Se junte aos pobres, amigo(a)". Só existe uma coisa pior que não ter carro. É ter e... perder. E é assim mesmo que o(a) ex-proprietário(a) passa a ser visto(a): como um(a) perdedor(a). Perdem-se, juntamente com o carro, a admiração dos familiares, a paciência e o interesse das namoradas, o respeito dos amigos, e a aura de ser extraordinário, que pairava acima da superfície terrestre e despertava olhares de inveja por onde passava. (Já perceberam os olhares que os passageiros de ônibus lançam pelas janelas para as pessoas que estão passando no automóvel ao lado? É uma mistura de olhar de cachorro vira-lata com fome parado na frente de uma máquina de galetos com aquele olhar de presidiário inocente mirando o sol pelas grades da prisão).

Segunda. Não têm moto. Numa espécie de escala evolutiva da raça humana, em relação à autonomia de deslocamento, o proprietário de uma moto está logo atrás do dono de um carro. É por isso que nas cidades menores, de economia mais acanhada, a primeira coisa que as pessoas compram quando passam a ganhar mais de um salário mínimo é uma moto. De preferência uma daquelas de 125 cilindradas ou uma daquelas scooters. O importante é que seja econômica. É óbvio que comprar uma moto muito potente - o que significa "muito cara" - não é para qualquer um. Geralmente, quem tem uma moto com mais de 450 cilindradas tem também um carro e usa a moto só por diversão. Aí já é outro assunto. O título de propriedade de uma moto, dessas mais simples mesmo, é uma espécie de carta de alforria. Pode até ser uma liberdade relativa, já que não dá pra dar carona para mais de uma pessoa, nem dá pra carregar todos aqueles objetos desnecessários que os donos de automóveis sempre levam consigo, espalhados sobre o banco traseiro ou no porta-malas. Mas, convenhamos, já é uma liberdade. Pelo menos a pessoa não vai ter que ficar se espremendo no corredor de um coletivo. Por outro lado, vai ficar se espremendo no corredor dos congestionamentos urbanos. No frigir dos ovos (literalmente, se for um motoqueiro), tem gente que prefere um milhão de vezes correr o risco de ser atropelado, xingado, enlameado, cortado e abalroado em cima de uma moto a se enclausurar por livre e espontânea vontade naquelas gaiolas gigantes que são chamadas de ônibus.

 
"...em algum momento de suas vidas possuem uma anomalia na retina que compromete suas capacidades de enxergar o óbvio: a bicicleta é um meio de transporte."

Terceira. Não têm dinheiro para andar de táxi. Essa provavelmente é uma das possibilidades de deslocamento mais prazerosa, confortável e... cara. Só para entrar e sentar a pessoa já paga mais de 3 reais. Alguém que ande de táxi cinco dias na semana, em percursos regulares de 10 quilômetros, com certeza gasta, ao final de um mês, o suficiente para pagar a prestação de um carro popular. Ou seja: quem anda de táxi usa esse meio porque quer. Não porque não tem dinheiro para comprar um automóvel próprio. Afinal de contas, andar de táxi tem muitas vantagens: você pode ir quase deitado no banco de passageiro e não se preocupa com estacionamentos, flanelinhas, riscos na lataria, desgastes das peças, danos à suspensão etc. Além de ter que pagar a corrida, geralmente salgada, a única desvantagem é que nem sempre você consegue um táxi na hora que precisa. Mas quem disse que usuário de ônibus tem um coletivo à sua disposição na hora da precisão? Corre até o risco de o “motora” passar propositadamente em cima de uma poça de lama e deixá-lo em um estado lastimável... além de atrasado.

Quarta. Não consegue ver a bicicleta como um meio de transporte. Essa incapacidade visual não é privilégio dos usuários de ônibus. Na verdade, todas as pessoas que nunca utilizaram uma bicicleta como meio de transporte em algum momento de suas vidas possuem uma anomalia na retina que compromete suas capacidades de enxergar o óbvio: a bicicleta é um meio de transporte. Tanto é assim que em países como Dinamarca, Holanda, Alemanha, boa parte dos deslocamentos urbanos são feitos por ciclistas. Em alguns casos, como em Amsterdam, capital holandesa, mais de 60% das viagens diárias são feitas em cima dos selins de uma bicicleta. Detalhe: vale lembrar que os países citados pertencem àquilo que antigamente se chamava “primeiro mundo”, o que significa que, neles, as desigualdades sociais são reduzidas e as pessoas têm muitas outras formas de deslocamento disponíveis. Têm carro, têm moto, têm dinheiro para andar de táxi, têm metrô. E ainda assim muitas preferem andar de bicicleta. Por quê? Porque ela é barata, de fácil manutenção, não emite CO², não usa combustível, não paga impostos, não ocupa muito espaço nas vias, faz bem à saúde, exercita os músculos, amplia a capacidade respiratória, não gera poluição sonora, é reciclável etc etc etc. Disso, tudo mundo já sabe. Mas, mesmo assim, na nossa sociedade, o usuário da bicicleta como meio de transporte tem relacionadas a si, muitas vezes, duas imagens depreciativas: ou é um pobre peão lascado miserável ignorante que não tem dinheiro nem para pagar a passagem do ônibus; ou é um louco kamikase excêntrico anárquico que não tem amor à vida e por isso se arrisca em transitar em uma cidade sem ciclovias adequadas.

É inegável que andar de ônibus, na nossa sociedade, não é para todos. É também inegável que adotar a bicicleta como meio de transporte exige precauções e esclarecimentos. E é mais inegável ainda (se é que isso é possível) que os problemas de mobilidade urbana afetam a todos, indiscriminadamente. Esteja você dentro de um carro, em cima de uma moto, no banco de passageiro de um táxi, no corredor de um ônibus ou no selim de uma bicicleta.





terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

nOta - horta urbana implantação





O lugar para sua horta orgânica urbana

Se você finalmente decidiu implantar a horta orgânica  em seu terraço ou jardim, pode agora definir qual o melhor lugar para este empreendimento.O sucesso de uma horta está intimamente ligado à sua localização. Vamos ver juntos qual são os pré-requisitos para garantir o bom desenvolvimento de sua horta.
Gosto de pensar que as plantas como seres vivos que são , precisam viver em ambiente harmonioso e acolhedor. Um ambiente sem picos de temperatura para mais ou para menos, com água abundante mas sem acúmulos, sol direto e umidade proporcional.Trata-se de com simplicidade atendermos alguns aspectos básicos.

Três fatores são fundamentais para o bom desenvolvimento das plantas da horta: água, luz e alimento.
Portanto instale sua horta próximo a uma torneira com mangueira, ou perto de um reservatório para não dispender muita energia com transporte de água, mesmo porque no verão podem ser necessárias duas irrigações, ainda que em outras estações uma rega diária seja suficiente.
Também é possível instalar mecanismos de irrigação por aspersão ou
gotejamento o que pode ser uma ideia prática e eficiente para economia de tempo, e de água.Há programas de irrigação com possibilidade de timer que opera mesmo quando você está ausente, por exemplo em suas férias.Outro recurso interessante é captar água das chuvas, muito rica em minerais, sempre cuidando de desprezar as primeiras chuvas carregadas de poluição caso sejam captadas dos telhados. A água das lavagem de verduras que sobra de nossas cozinhas também pode ser utilizada, também é rica em nutrientes e representa economia dos recursos naturais.

Quanto a incidência de luz, podemos afirmar que a horta mais do que qualquer outro jardim, depende de 3 à 4 horas de exposição ao sol direto, e o melhor horário está compreendido entre 10:00h e 15:00h principalmente nas zonas urbanas que sofrem o obstáculo das camadas de poluição. É interessante estar atento a períodos de forte insolação no verão principalmente em lajes de edifícios, terraços cimentados que proporcionam forte irradiação de calor. Nestes casos pode-se programar coberturas com telas de sombreamento que amenizem o calor e a insolação.

Finalmente podemos observar se no local há incidência de ventos fortes, o que facilmente ocorre em terraços localizados nos andares mais altos dos edifícios. O vento demasiado impede o metabolismo correto das plantas prejudicando muito seu desenvolvimento. Pode-se contornar este problema criando pára-ventos naturais ou artificiais.
Quanto ao alimento, devemos manter a horta em local de fácil manejo e limpeza para podermos adubar e cuidar das plantas com maior praticidade possível.




Maria Regina Godinho
Téc. em Agricultura Orgânica / UNICAMP

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

nOta - Bicicletaria Cultural



PEDALANDO COM A CULTURA




Bicicletaria Cultural

Localizada na rua Presidente Farias - centro, próxima a UFPR(Universidade Federal do Paraná), está a Bicicletaria Cultural, excelente local onde funciona estacionamento e oficina mecânica para bicicletas, além de espaço para o desenvolvimento cultural através de experimentações artísticas; apoio aos ciclistas com informações sobre a política do cicloativismo na cidade de Curitiba - já que é sede de honra da Associação Ciclo Iguaçu. O ambiente é imerso em cultura com exposições; pocket-shows; saraus poéticos e uma diversificada agenda cultural com Atelier livre de desenho, pintura e anatomia; Confecção de bonecos de pano de poetas Paranaenses; Prática de tecelagem, origami e de bem-estar por meio da siesta do almoço; oficinas diversas que vão de reciclagem à stencil graffiti e para as crianças atividades lúdicas em inglês. Essa miríade cultural tem como responsáveis o Fernando Rosenbaum - que está com a exposição Fatias de Memória - 10 gravuras que registram a memória social presente nos ambientes comuns do espaço urbano - no SESC Água Verde em Curitiba/PR até 31 de março - e Patrícia Valverde que revela com a seguinte frase a amplitude do espaço, " Queremos que a Bicicletaria seja também um lugar das crianças conviverem". o convite está feito é só comparecer e colaborar.
Oficina artística - "Bicicleta Acústica" com Glerm Soares e Lucida Sans, tem como objetivo instigar os participantes na produção de música eletroacústica utilizando uma bicicleta com auxílio da tecnologia aberta - software e hardware livres - e outros instrumentos musicais.
Exposição " Corpo ao Cosmo" com Katheriny Batista e Dox Lucchim que através de fotografias e desenhos questiona a condição feminina submetida aos padrões de beleza e comportamento.
Pocket-show de lançamento do CD " Mãos à obra" do artista Plá com participação de Laura e Pablo ambos do grupo argentino - Vuelo Solo, um folk contagiante com melodias simples e letras cicloativistas; bom!



Bicicletaria Cultural
Rua Presidente Farias,290, Centro, Curitiba/PR
41-9639-2079



texto/fotos: Assis  garceZ