Ressaca; sem grana, vou a igreja pegar o único alimento disponível – pão – doação dos bondosos fiéis. Cheguei cedo demais, sento em frente ao altar e ao meu lado um corpo franzino se acomoda, um olhar miúdo de menina me encara, pega minha mão e me arrasta. No canto um pouco escondido, paro em pé, e com gestos rápidos e práticos coloca pra fora da calça e enfia na boca com uma voracidade que só me resta ficar pasmo diante de tamanha gula; o corpo em completo frenesi treme enquanto se retorce tentando engolir tudo que está em sua frente; chupa, suga, geme; insana em perfeito estado de transe – que transe; não deixa escorrer nem uma gota, enquanto sua língua enrosca tudo na boca; o rosto não é o mesmo; o olhar não é o mesmo; ela não é a mesma e quando parcialmente terminado, tira vagarosamente – não deixando escorrer uma gotinha sequer - olha pra mim, e, com maroto sorriso diz:
- eu gosto é assim; cavalo abrasador.
- Eu?!
por: Assis garceZ
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