terça-feira, 31 de março de 2015

crÔnica




Reflexos de um horário de pico

Os faróis do fim do dia rumo as suas garagens vazias
Buzinas destinadas a qualquer ato, a qualquer um.
Cachorros sem dono atravessam esquinas
Faixas de pedestres, bicicletas de todas as cores
Lixos, postes, hidrômetros e ponto de ônibus
Enquanto isso a duas quadras torcedores do Atlético se matam delicadamente por amor a suas camisas de time.
Tantas caras para um fim de tarde complexo
Músicas nostálgicas para sensações sem explicações
Sombras dos veículos na rua, criam uma uma sombra urbana no meu quarto do 3° andar em um horário de pico qualquer.
Padarias abaixam as portas, açougues com carência de clientes, não se come mais carne bovina como antigamente
Que tal esvaziar o cinzeiro, pergunta meu cérebro, e a monotonia gera um descaso no meu corpo, permitindo com que me mantenha em estado de órbita por mais alguns dias.


Samara Peradostos - Curitiba/PR - Brasil

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